sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Transfiguração!!! II Domingo da Quaresma Ano C

A mensagem da Transfiguração faz-nos entrar em jogo, na profundidade do estar dentro do dar-se da vida em nós, com as alegrias e tristezas, as lutas e esperanças jogadas e partilhadas em unidade. Numa comunidade que se afasta cada vez mais do antigo, e acolhe a nova oportunidade de brilhar. Bom Caminho!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Da voz ao rosto, na casa e pelas estradas!


Com esta sugestiva imagem a XII Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, na sua mensagem conclusiva, descreve a percurso da Palavra de Deus. A “Voz de Deus” atestada na Sagrada Escritura, assume um “Rosto” e uma identidade humana em Jesus de Nazaré. Edifica uma “Casa”, a Igreja, que é convocada e reunida pela Palavra, para depois lançar-se longo as “estradas” do mundo num incessante dinamismo missionário.

Cada vez que um crente aproxima-se com fé à Palavra é chamado a lançar-se na mesma viagem: ele escuta a Palavra vivente de Deus, que “precede e excede” a Bíblia, permitindo-lhe um encontro pessoal com o Verbo feito carne, Jesus Cristo, que continua a abrir, como aos dois peregrinos de Emaús, o coração do homem para compreender o sentido dos livros de Moisés, dos Salmos e dos Profetas. Este encontro pessoal não é, todavia, solitário: é possível somente na comunidade e cria comunidade dando-a um novo brio no anuncio missionário.

A quaresma é aquele tempo propício (kairos) para esse aproximar á Palavra de Deus. Quaresma é um tempo (quarenta dias) e um espaço para recalibrar a nossa vida e as nossas relações: com Deus, com os outros, com as criaturas e connosco mesmo. A exigencia de colocar ordem na nossa própria existencia é muito difusa, a vários niveis. A liturgia quaresmal nos propõe alguns critérios para conseguir tal fim.

O jejum: o que tem a ver a alimentação com os nossos problemas éticos, políticos (vida da polis), religiosos, de gestão do tempo, do dinheiro ou das relações. Hoje o imperativo social, requer um corpo atlético em todas a idades e isto pode orientar-nos à “suspeita” de que, se calhar, um estado de bem estar completo não é separado das condições do corpo. Mas Jesus vai muito além: um jejum prolongado, de quarenta dias, marca a intenção de sondar a própria verdade, a própria identidade muito além da percepção superficial e pontual de uma “experiência” curiosa.

A oração: Normalmente pensamos que a oração é uma prática ou um recital, muitas vezes mecânica, palavras e frases que os nossos lábios emitem sem que o coração tenha alguma influência. A oração é nada mais do que um diálogo íntimo com Deus, é falar com ele, dizer-lhe tudo o que somos e temos o que estamos pedindo conforto, ajuda, protecção, graça ... é um colóquio filial.

A esmola: A caridade, de que nos fala Jesus, significa abrir o nosso coração à caridade, sabendo privar nos de algo, não do que nos é supérfluo, para compartilhá-lo com os irmãos: oferecer o nosso tempo e os nossos talentos para o benefício daqueles que nos estão próximos, estar perto dos que sofrem e oferecer o nosso consolo e coragem para aqueles que estão sós, doentes ou passando por uma situação difícil.
A quaresma é um tempo de graça, uma primavera do Espírito! Um bom caminho quaresmal na Paz e no Bem!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Bem-vindos



Ha algum tempo tenho pensado na possibilidade de partilhar convosco  Evangelho de cada domingo, sempre num estilo simples e familiar. Achei que este era o momento oportuno para começar e assim daqui a poucos dias começarei esta nova aventura. Como sempre conto com o vosso acompanhamento e amizade. Sozinho serei incapaz! Manda os teus comentarios, qualquer que seja!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sob a Tua palavra lançarei as redes!!

ANO C


5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

7 de Fevereiro de 2010

A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.

Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.

No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

EVANGELHO – Lc 5,1-11

Evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
estava a multidão aglomerada em volta de Jesus,
para ouvir a palavra de Deus.
Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré
e viu dois barcos estacionados no lago.
Os pescadores tinham deixado os barcos
estavam a lavar as redes.
Jesus subiu para um barco, que era de Simão,
e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra.
Depois sentou-Se
e do barco pôs-Se a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão:
«Faz-te ao largo
e lançai as redes para a pesca».
Respondeu-Lhe Simão:
«Mestre, andámos na faina toda a noite
e não apanhámos nada.
Mas, já que o dizes, lançarei as redes».
Eles assim fizeram
e apanharam tão grande quantidade de peixes
que as redes começavam a romper-se.
Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco
para os virem ajudar;
eles vieram e encheram ambos os barcos
de tal modo que quase se afundavam.
Ao ver o sucedido,
Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe:
«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador».
Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele
e de todos os seus companheiros,
por causa da pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu
que eram companheiros de Simão.
Jesus disse a Simão:
«Não temas.
Daqui em diante serás pescador de homens»
Tendo conduzido os barcos para terra,
eles deixaram tudo e seguiram Jesus.

O texto que nos é proposto como Evangelho é uma catequese que procura apresentar as coordenadas fundamentais da identidade cristã: o que é ser cristão? Como se segue Jesus? O que é que implica seguir Jesus?

Ser cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco” (vers. 3). É desse barco (a comunidade cristã), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo, propondo a todos a libertação (“pôs-Se a ensinar, da barca, a multidão”).

Ser cristão é, em segundo lugar, escutar a proposta de Jesus, fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações, lançar as redes ao mar (vers. 4-5). Às vezes, as propostas de Jesus podem parecer ilógicas, incoerentes, ridículas (e quantas vezes o parecem, face aos esquemas e valores do mundo…); mas é preciso confiar incondicionalmente, entregar-se nas mãos d’Ele e cumprir à risca as suas indicações (“porque Tu o dizes, lançarei as redes” – vers. 5).

Ser cristão é, em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor” (vers. 8): é o que faz Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos. O título “Senhor” (em grego, “kyrios”) é o título que a comunidade cristã primitiva dá a Jesus ressuscitado, reconhecendo n’Ele o “Senhor” que preside ao mundo e à história.

Ser cristão é, em quarto lugar, aceitar a missão que Jesus propõe: ser pescador de homens (vers. 10). Para entendermos o verdadeiro significado da expressão, temos de recordar o que significava o “mar” no ideário judaico: era o lugar dos monstros, onde residiam os espíritos e as forças demoníacas que procuravam roubar a vida e a felicidade do homem. Dizer que os seus discípulos vão ser “pescadores de homens” significa que a missão do cristão é continuar a obra libertadora de Jesus em favor do homem, procurando libertar o homem de tudo aquilo que lhe rouba a vida e a felicidade. Trata-se de salvar o homem de morrer afogado no mar da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo – as forças demoníacas que impedem a felicidade do homem.

Ser cristão é, finalmente, deixar tudo e seguir Jesus (vers. 11). Esta alusão ao desprendimento do discípulo é típica de Lucas (cf. Lc 5,28;12,33;18,22): Lucas expressa, desta forma, que a generosidade e o dom total devem ser sinais distintivos das comunidades e dos crentes que seguem Jesus.

Uma palavra, ainda, para o papel proeminente que Pedro aqui desempenha: a comunidade lucana é uma comunidade estruturada, que reconhece em Pedro o “porta-voz” de todos e o principal animador dessa comunidade de Jesus que navega nos mares da história.

Atualidade

O carinho do Papa Francisco que irrita muitos padres

É uma coisa maravilhosa mas, por exemplo, também João Paulo II foi à cadeia encontrar o seu assassino Ali Agca. Mas desta vez, aposto, ...

Aqui escreves TU